quinta-feira, 6 de julho de 2017

ABORDANDO A DISGRAFIA NO CONTEXTO ESCOLAR


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Trata-se de um Transtorno da Expressão Escrita. Este tipo de transtorno refere-se apenas à ortografia ou caligrafia, na ausência de outras dificuldades relacionadas à escrita. A criança com disgrafia tem dificuldades para escrever corretamente, podendo adicionar, omitir ou substituir vogais e consoantes. Apresenta também dificuldade com a expressão escrita, comete múltiplos erros de gramática ou pontuação nas frases, emprega organização inadequada de parágrafos, expressão escrita das idéias sem clareza.

Este tipo de transtorno é diagnosticado na criança depois da primeira série, pois é o período que a criança já tem domínio da escrita, antes disto, ela pode ser confundida com outros transtornos da aprendizagem. Uma criança será considerada disgráfica quando não apresenta nenhum déficit neurológico ou intelectual que justifique sua escrita.

As dificuldades na escrita podem estar relacionadas a fatores educacionais e emocionais. Dentre os educacionais podemos citar: o ensino prematuro da escrita, ensino inadequado, ritmo inadequado do ensino da escrita, quantidade excessiva de alunos na mesma turma, relação professor-aluno, falta de apoio dos pais e professores. No que se refere aos fatores emocionais, sabemos que estes influem diretamente no desempenho da criança.

Existem diferentes tipos de disgrafia:

1.      Posturais: refere-se à má postura do aluno, exemplo: apoiar-se sobre a mesa e escoramento cefálico.
2.      Preensão: está relacionada à forma como o aluno pega no lápis.
3.      Pressão: a força que o aluno deposita sobre a folha ao escrever.
4.      Direcionalidade: letras descendentes e ascendentes.
5.      Giro: letras com traços circulares são feitas com giros invertidos (a,o, g,).
6.      Ligação: não há ligação entre as letras - letras coladas ou separadas.
7.      Figurativas: mutilação ou distorções das letras.
8.      Posicionais: verticalidade caída para trás, confusão com letras simétricas, dificuldade de organização entre outras.
9.      Relacionadas com o tamanho: letras grandes e pequenas.
10.  Espaciais: textos margeados à esquerda e interlinhado irregular.
                                                                
A criança com transtorno da expressão escrita pode apresentar alguns sinais como: escrita defeituosa, letra excessivamente grande ou pequena, escrita muito rápida ou lenta, letras ilegíveis e irreconhecíveis, erros e borrões, direção inadequada da escrita e letras com traçados variados.


Para ajudar o aluno com disgrafia o professor deve estabelecer uma boa relação com a criança, dando apoio necessário e mantendo-o motivando. Deve também, promover atividades como exercício de pré-escrita para que o aluno possa desenvolver agilidades que irão servir de base para a aprendizagem da escrita. Nestas atividades o professor pode elaborar exercícios com linhas retas: na horizontal, vertical e oblíqua, círculos e semicírculos, exercícios combinados, contornos e os tipos de letras. 


Para aprofundar mais sobre a temática, trago como indicação os links abaixo:






ROTTA, N.T.; OHLWEILER, L.; RIESGO, R. S. (Org.). Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.






 Maria da Conceição de Sousa Costa, graduanda do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI). 



Um comentário:

  1. Legal a iniciativa do blog. Esse assunto é de grande importância para a discussão!

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