ABORDANDO A DISGRAFIA NO
CONTEXTO ESCOLAR
https://www.google.com.br
Trata-se de um Transtorno da Expressão Escrita. Este tipo de
transtorno refere-se apenas à ortografia ou caligrafia, na ausência de outras
dificuldades relacionadas à escrita. A criança com disgrafia tem dificuldades
para escrever corretamente, podendo adicionar, omitir ou substituir vogais e
consoantes. Apresenta também dificuldade com a expressão escrita, comete múltiplos
erros de gramática ou pontuação nas frases, emprega organização inadequada de parágrafos,
expressão escrita das idéias sem clareza.
Este tipo de transtorno é diagnosticado na criança depois da
primeira série, pois é o período que a criança já tem domínio da escrita, antes
disto, ela pode ser confundida com outros transtornos da aprendizagem. Uma criança
será considerada disgráfica quando não apresenta nenhum déficit neurológico ou
intelectual que justifique sua escrita.
As dificuldades na escrita podem estar relacionadas a fatores
educacionais e emocionais. Dentre os educacionais podemos citar: o ensino
prematuro da escrita, ensino inadequado, ritmo inadequado do ensino da escrita,
quantidade excessiva de alunos na mesma turma, relação professor-aluno, falta
de apoio dos pais e professores. No que se refere aos fatores emocionais, sabemos
que estes influem diretamente no desempenho da criança.
Existem diferentes tipos de disgrafia:
1.
Posturais: refere-se à má
postura do aluno, exemplo: apoiar-se sobre a mesa e escoramento cefálico.
2.
Preensão: está
relacionada à forma como o aluno pega no lápis.
3.
Pressão: a força que o
aluno deposita sobre a folha ao escrever.
4.
Direcionalidade: letras descendentes e ascendentes.
5.
Giro: letras com
traços circulares são feitas com giros invertidos (a,o, g,).
6.
Ligação: não há ligação
entre as letras - letras coladas ou separadas.
7.
Figurativas: mutilação ou
distorções das letras.
8.
Posicionais: verticalidade
caída para trás, confusão com letras simétricas, dificuldade de organização
entre outras.
9.
Relacionadas com o tamanho: letras grandes
e pequenas.
10.
Espaciais: textos
margeados à esquerda e interlinhado irregular.
A criança com
transtorno da expressão escrita pode apresentar alguns sinais como: escrita
defeituosa, letra excessivamente grande ou pequena, escrita muito rápida ou lenta,
letras ilegíveis e irreconhecíveis, erros e borrões, direção inadequada da
escrita e letras com traçados variados.
Para ajudar o aluno com disgrafia
o professor deve estabelecer uma boa relação com a criança, dando apoio
necessário e mantendo-o motivando. Deve também, promover atividades como
exercício de pré-escrita para que o aluno possa desenvolver agilidades que irão
servir de base para a aprendizagem da escrita. Nestas atividades o professor
pode elaborar exercícios com linhas retas: na horizontal, vertical e oblíqua,
círculos e semicírculos, exercícios combinados, contornos e os tipos de letras.
Para aprofundar mais sobre a temática, trago como indicação os links abaixo:
ROTTA, N.T.; OHLWEILER, L.; RIESGO, R. S.
(Org.). Transtornos da aprendizagem: abordagem
neurobiológica e multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
Maria da Conceição de Sousa Costa, graduanda do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Legal a iniciativa do blog. Esse assunto é de grande importância para a discussão!
ResponderExcluir